quarta-feira, 21 de maio de 2008

Green Porno


Uma vez me pediram para escrever sobre coisas, mas não sobre coisas quaisquer, coisas especificas. Essas especificidades eram de acordo com um texto, abordando alguns temas como cinema, sexo selvagem (no sentido denotativo da “coisa”), Ingrid Bergman e sua família. Na verdade, o texto fala sobre uma série de filmes da filha de Bergman , Isabelle Rossellini, sobre rituais de acasalamento de insetos e moluscos. Seria até bonitinho pensar no filme Green Porno como uma película com significante contribuição para a ciência SEEEEEE ela não utilizasse pessoas para representar os animais. Cabe lembrar que Isabelle também é filha do cineasta italiano Roberto Rossellini (aquele do filme Roma, Cidade Aberta, que ganhou o prêmio de melhor filme em Cannes em 1945), ou seja, só podia sair coisa boa dali. Confesso que não vi o filme ainda mas me pergunto: quais as drogas que ela usa? Ok, era só uma piada.
O filme estreou no Festival Sundance de Cinema, um prestigiado festival americano (Salt Lake City, Utah) que teve inicio em 1985 com a iniciativa de Robert Redford (esse cara é foda e se quiserem saber mais sobre ele, virem-se, existe a wikipédia pra que?) e de lá pra cá, conseguiu a fama de premiar perolas do cinema independente como Sexo, Mentiras e Vídeo Tapes, Quinceañera, e tem sido a Meca para os aficionados por “cine indies”.
Bom, voltando ao filme, nota-se um fenômeno bastante comum no mundo das artes: “Síndrome de Peixe, Peixinho É” (me dêem créditos por isso, ok?). Roberto Rossellini se tornou um expoente do neo-realismo italiano, certo? Pois então, tratar de um tema como rituais de acasalamento de animais SEM USAR ANIMAIS é um tanto, como posso dizer, neo-realista (gênio). Outra coisa, Isabelle é atriz, assim como a mãe (assistam Casablanca e saibam o porquê que Roberto Rossellini merece uma estátua de bronze), mas isso não significa que seu talento não possa ser devidamente reconhecido ou ofuscado pelo talento dos pais.
Bom, uma dica bem interessante para quem busca um pouco informação sobre como caracóis, aranhas, moscas e libélulas transam de uma forma menos ortodoxa e com bom humor. Esqueçam um pouco da biologia propriamente dita e viva a sétima arte.